Isso não.

Tudo bem ficar em casa 15 dias só com você enquanto seu pai viaja. Tudo bem, a gente vai brincar no parquinho, finge que anda de skate, vai à padaria e faz adaptação na escolinha. Hoje, chegando em casa, corri para a cozinha para esquentar sua janta antes de te dar banho. E, chegando ao seu quarto, escutei um barulhinho d'água. Lá estava você, molhando a naninha e a chupeta na privada. Quando entrei, colocou a chupeta molhadinha na boca. Filha, eu aguento um monte de coisa, mas isso não. Você acabou com a mamãe.

Mãe egoísta

Com 1 ano, 6 meses, 2 semanas e seis dias você, de fato, começou uma jornada que levará décadas para terminar. Mamãe e papai decidiram que agora você vai para a escolinha, contrariando as recomendações dos psicólogos e padagogos da família.

Vai para a escola porque sua mãe é egoísta, porque ela não ânimo para te levar ao parquinho todos os dias e te ver se esbaldar com terra e, depois, fazer aquela faxina completa. Porque mamãe só consegue ler 5 vezes por tarde o mesmo livrinho e apontar o círculo, o quadrado e o retângulo. Mostrar o peixinho laranja, cantar a música da lagartixa, pular pela casa como um sapo, s[o umas tr"es vezes por dia. Porque faz 1 ano e meio que mamãe não tem algumas horinhas seguidas para ela, para ficar à toa, tomar um banho na semana como se fosse sábado, secar os cabelos ou simplesmente ler uma revista sentada na privada. Vão ser horas seguidas sem precisar se trancar na lavanderia caso um entrevistado ligue, horas seguidas sem pedir favor a ninguém. E, lá na escola, haverá um monte de criancinhas na mesma situação, com mães relapsas que estão cansadas de serem... mães.

Eu quero muito continuar a ser mãe, filha, sua mãe. Mas posso voltar a ser Renata quatro horas e meia por dia, de segunda a sexta?

3 sílabas, maestro

De boba você não tem nada, a primeira palavra de 3 sílabas que aprendeu a falar foi: PA-SSÍ-AR. Seu vocabulário está cada vez maior: Bom dia (Bódía!), suco (tchú), peixe (pessi), água (quá), co (colher)... Sem falar nos papais, titias, dindos, vovôs, auaus, miaus, mus, cocôs e xixis.

Agora, antes do jantar, você abre a gaveta de talheres e pede a "co". Gosta de comer com a sua colher e até que não faz tanta sujeira. Como a fome é grande, ajudo com a minha, para manter sua boca sempre cheia. Quanda acaba ("abô"), pede tchú. Depois do tchú, escovamos o dente e cama. Precisamos treinar mais o boa noite.

* Só para registrar que há alguns meses, você proferiu sua primeira frase. Estava te trocando e você segurando uma bexiga, que caiu no chão. "Di bó, mamãe". Gênia! Com pouco mais de um ano falando frases complexas. Desde esse dia comecei a guardar dinheiro para seu MBA em Harvard, filha.

Apagando velinhas

Aquele look preto glamuroso eu usei para ir para Sampa, comemorar o aniversário da vovó. No restaurante em que fomos almoçar só tinha adulto (e o Lucas Jagger) e eu me comportei super bem. Joguei charme para meio mundo e fiz muitas gracinhas, o que me rendeu muitos "ai que linda", "ai que fofa". Até cantei parabéns e ajudei a vovó a apagar a velinha. E, do colo dela, ouvi: "ai que graça". É, eu sou um sucesso.

No colo da tia Gabi, fazendo mais charminho: "ai que gostosura".

Hoje vou assim

Sapatilha preta Centopéia;

Meia calça de coroazinhas Marisol por cima de meia calça preta fio 80 da Luppo;

Vestido de veludo preto Zara;

Camiseta justinha preta Hering;

Casaco preto igual da Laurinha da C&A;

Presilha preta de laço Pink Bijú;

Biscoito Brokita;

Carinha de quem está muito sapeca;

Meu look pretinho básico para os dias de muito frio!

SK8

Yeah! Além de biker eu também sou do sk8!

Dia dos Pais

Desde que estava na barriga da minha mãe e tinha 8 meses, meu pai nunca mais andou de bicicleta. Mamãe proibiu, já que ele sempre estourava os pneus nas trilhas e mamãe tinha que tentar localizá-lo nas estradas de terra da vida. Com medo de parir em Cesário Lange, Iperó ou no bairro de Santa Rita, ela deu um ultimato. E ele, como bom pai, aceitou.

Mas eis que no segundo Dia dos Pais das nossas vidas, mamãe teve uma idéia maravilhosa. Encomendou uma cadeirinha para mim, com direito a capacete e campainha. É, parece que o presente é para mim, mas foi para o papai!

Logo que vi a cadeirinha sair da caixa, comecei a gritar e falar a primeira palavra de 3 sílabas que aprendi: pa-ssí-ar! Na hora me lembrei dos tempos que o papai andava hooooras de bike e eu dava tchauzinho para ele, de dentro da barriga da mamãe. No nosso primeiro passeio, no Dia dos Pais, eu fui até o centro, na estação, tomei água na praça, dei pit stop no vovô... Mamãe foi nos seguindo, fotografando e, no final do dia, apagou todas as fotos, sem querer!

No feriado de 11 de agosto, fui ao desfile de bike e até a raspa do vô Júlio, mas mamãe estava em Sampa. Nesse sábado, lá estava eu de novo. Sou uma bicicleteira nata, adoro e nem tiro meu capacete de Penélope Charmosa! Adorei esse presente do papai.... cof, cof.

Só no balanço

Acho que fiquei devendo esse post... Esse é meu balanço vermelho, que a tia Gabi me deu e que fica lá na varanda do vovô. É o lugar que eu mais frequento e, mesmo com o frio que tem feito, eu fico doida para balançar.

Ultimamente, tenho balançado com companhia. Quero que meus amiguinhos sintam o mesmo frio na barriga que eu sinto. O meu urso da guarda inglesa, que tia Fafá me trouxe de London, adorou e tem sido meu companheiro no balanço. Ele se mudou do Palácio de Buckinghan e agora mora no carro da mamãe e sempre fica comigo na cadeirinha. Ele adora passear!

Top model

Tia Gabi veio me ver findi passado e acabou fazendo algumas fotos minhas... Fotinho como antigamente, com o piso laranja em destaque!

Fotinho com o dindo dorminhoco!

Fotinho de nós duas no jardim do vô.

Fotinho minha fazendo charminho e mostrando a calcinha, já recuperada do dia no parque.

* Tia Carina, ja vi que esse vestido será o mais usado do próximo verão. É lindo e confortável!

Vai purê de abóbora aí?

As crianças já tinham almoçado e brincavam no chão e a gente conseguia comer e conversar. Mas daí eu tive a ideia de fazer um carinho em você, peguei no colo, meio que à força. E eu logo senti uma pasta amarela nas minhas pernas. Achei, primeiro, que era purê de abóbora, que você tinha acabado de comer... Não era, era m.! Na mesa do lado, duas senhouras brindavam com Chandon aquele dia de semana ensolarado. Me levantei e vi a cara de espanto das senhoras e das minas, que ainda almoçavam. Putz! Estava inteira cagada! Meu braço e minha perna e a sua calcinha branca! Bendita água da fonte de Rio Preto que te deixou com diarréia por 10 dias!

Téia me acodiu e fomos juntas ao banheiro. Aturdida, abri a porta do masculino! Corrigido o erro, fui no feminino que, por sorte, tinha um trocador ao lado do lixo e do papel toalha. Mil papéis toalhas e lenços umedecidos depois, vôcê estava de volta ao salão, cheirosinha dentro do possível, com a calcinha da Laura, toda pimpona. Já pensava em tirar a minha calça e colocar debaixo da torneira, mas, antes, tentei o lenço umedecido. Como o tecido da calça era fino, rolou. Limpei por dentro, por fora, por dentro, por fora, por dentro, por fora...

Senti uma expectativa quando voltei ao restaurante, mas só dava para ver que minha calça cinza claro ficara cinza chumbo na minha coxa esquerda. Logo, logo secou. Sou precavida, levo troca de roupa para você, blusa de frio, fraldas extras, nanas, chupetas, água... Mas para mim não! Vivendo e aprendendo.

* Na foto, nós duas antes do episódio!

4 com 4 = 8

Lola + mamãe
Lala + tia Téia

Leleco + tia Fran

Maria + tia Kamila

Todo mundo no parque, menos o Toni, que tia Fran abandonou em casa...

Independência

Eu nem precisei te ensinar, filha, mas você já sabe o que é brincar e se acha super independente. Assim que chegamos ao parque, você já saiu correndo e nem queria saber de mim. Independente que só!

Não precisei te ensinar como fazia para subir no escorregador, pela rampa ou pela corda lá estava você, escalando tudo. O meu único medo era que você achou que também poderia escorregar de pé... Não sei a quem puxou, que sapeca!
E, como se não bastasse, "fugiu" do cercadinho do parquinho e foi caminhar sozinha, lá pelo parcão. E eu só de longe, te analisando...

E voltou carregando uma pedra... Ah, filha, você vai dar trabalho. E, sendo você filha da sua mãe e do seu pai, eu não vou nem poder reclamar!

* E lá no Ibirapuera eu estreei esse vestido lindo que ganhei da tia Cá, mãe do meu pretê Pipo.

No parquinho do Ibira

A Laurinha fez ciuminho para o Alê e me deu maior abração...
O Alê e a Lala, o casalsinho 20...
Até a Maria entrou na brincadeira!

Na lotação

Olha a muvuca no carro da tia Kamila. Isso porque a mamãe não tirou foto da casa dela, que ficou uma bagunça com a minha visita e da tia Téia e da Laurinha. Mas que bagunça gostosa! Nós chegamos da casa do Miguel um dia e já no dia seguinte fomos para Sampa. Nem desfiz a mala! Na tia Kamila eu dormi com a Maria, no quarto dela, e nem estranhei os barulhinhos que ela faz durante a noite. Nesse dia aí, estávamos indo ao parque encontrar a tia Fran. O carro da tia Kamila mais paracia lotação!

Oi e tchau.

Próxima parada: casa da Maria!