sábado, 27 de setembro de 2008

É menina

A médica começou perguntando: "Mas o que você acha que é?" Desde sempre achava que era menina. Engraçado isso. Nem sou uma pessoa frufru para sonhar com quartos cor-de-rosa e enxoval bordado, mas tinha tanta convicção que até parei de pensar sobre. Imaginava que, se fosse menino, ficaria meio desapontada. De fato acho que ficaria. Curiosamente, antes de engravidar, me imaginava uma mãe de menino, concordando com das 10 em 10 pessoas que me dizem "mas você tem uma cara de mãe de menino". Sei lá o que isso significa, enfim.
Tinha outra coisa também. Achava que não seria desta vez que meu pai iria ter um menino para extravasar toda a sua frustração após criar 4 filhas...
Só sei que a médica disse que eu tinha acertado. Era uma menina, que não parava de se mexer e que estava com o cordão umbilical no meio das perninhas. No final do exame o cordão mudou de lugar e ela deu a certeza. Fiquei tão feliz que saí do consultório e comprei um body branco e ROSA com uma vaca ROSA!

* Seu peso era de 200 g e 17 cm.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Cuma?

Muito animadora a declaração de um médico sobre a falta de concentração durante a gravidez: "As futuras mães não precisam se preocupar: a concentração melhora em até 32 semanas APÓS o parto, quando o nível da progesterona voltar ao normal." Ah, tá, dr. Roberto Carneiro de Oliveira, muito obrigada.

*A matéria completa aqui.

domingo, 14 de setembro de 2008

Tolerância zero

A brincadeira lá em casa é assim. Eu demonstro o meu mau humor e a MINHA família diz para o MEU marido: "Estamos do seu lado." Ou ainda: "Calma, faltam só seis meses". Simpático, né?

sábado, 13 de setembro de 2008

Newton já ensinava

Sempre preferi que as pessoas conversassem comigo olhando para mim, não para os meus peitos. Por isso sempre soube minimizar o tamanho deles. E sempre fiquei pensando quais proporções eles iriam tomar quando eu engravidasse. Já vi casos chocantes...
E desde quando nem sabia que estava grávida meus peitos começaram a dar sinais. Nunca tinha sentido o quão pesada é aquela camiseta que coloco para dormir. E ela não é de juta. É de algodão, estonada, velhinha da Hering, sabe? Sente o drama.
E quando à noite levanto para ir ao banheiro tenho que segurá-los. Nem precisaria da história da maçã para entender os efeitos da gravidade se engravidasse no colegial. Parece que eles pesam 10 quilos cada e que vão estourar. Sempre achei ridículo quem dormia de sutiã, mas vou aderir. Uma camisete, um top, não fica tão ruim, fica?

* E quem coloca mililitros e mililitros de silicone, minha gente? Se sente assim para todo o sempre? Porque os meus peitos vão voltar ao normal daqui a alguns meses - em outro formato, já sei -, mas vão.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Balança

Há algunas anos a balança não mudava: 62,5 kg. Depois de morrer de vergonha das minhas pernas finas na minha adolescência e dos meus ossos, que insistiam em apontar, na região da bacia, acho que 62 quilos ideal para o meu tamanho. Quando me casei estava pesando 59! Também, trabalhei que nem uma doida em uma dupla jornada: o trabalho oficial e um projeto extra-oficial, além dos preparativos do casório, claro.
Na semana que cheguei de viagem prometi começar uma dieta. Estava pesando 64,5 kg!! Mas não foi preciso porque, na segunda-feira, dia oficial do início das dietas, descobri que estava grávida. Não tive enjôos, mas não conseguia comer. Nas próximas semanas a balança apontou 61,5. Agora, que estou me alimentando bem melhor, é que eu quero ver. Dizem que uma gestante pode engordar até 12 quilos. E isso daria... 75 quilos. Mami já me disse que engordou mais de 25 na minha gestação!! Veremos a hereditariedade - e o meu bom senso.

* Um dado interessante da nutricionista. Ela disse, para o meu desespero, que a gestação é um dos períodos em que a mulher adquire células. Ou seja, ela ganha para nunca mais conseguir eliminá-las. Assim, é muito mais difícil perder peso depois. É preciso fazer muito mais esforço para "enxugar" todas as células. Os outros períodos de aquisição de células: bebês até 1 ano e na adolescência.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Vidência

Mesmo sem barriga aparente é impossível uma grávida passar despercebida. É um tal de colocar a mão na barriga (ainda imaginária) e tentar prever o sexo. Terei um menino porque tenho cara de mãe de menino. Está fazendo xixi florescente e chupando muita laranja? É menina. Está com espinha, é menina (tentando roubar a beleza da mãe...). E assim vai. Essa semana, quando cocei a barriga (imaginária), de bate pronto uma amiga falou para eu parar: dá estrias.
Isso sem falar nas piadinhas. "Não importa se é menino ou menina, só mesmo as 18 anos ele vai definir o sexo!"; "Tomara que seja menino OU menina, né?". Depois, já sei, vem aquela: "É a cara do pai, mas o que importa é que nasceu com saúde"...
E estamos no terceiro mês.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Na bagagem

A primeira vez que fui para a Europa tinha 15 anos. Meu pai me convenceu que ir a Paris em vez de ir a Disney era um bom negócio. Acabei não argumentando, nem mesmo quando a minha viagem de 15 anos virou a viagem de praticamente a casa toda. Meu pai, eu e minhas duas irmãs mais velhas embarcamos para conhecer a Itália e França. A mais nova ainda era pequena e foi alguns anos mais tarde, só com papai e mamãe. Em 2003 nós seis viajamos juntos. Fizemos uma viagem maravilhosa pela Provence. Aqueles dias serviram para cicatrizar o sofrimento de todos nós e celebrar a boa recuperação de uma das minhas irmãs, que acabara de passar maus bocados depois de um grave acidente. Águas passadas.
No mesmo ano, fui para a Suíça a trabalho - belo trabalho, aliás, um caderno de turismo sobre Zurique, Zermat e Engelberg. As duas últimas viagens o meu namorado (e futuro marido) acompanhou de longe. E, mais curioso, ele, que nunca tinha ido para a Europa, já sabia de tudo o que eu estava vendo e o que eu veria. Desde que nos casamos eu sonhava em ir para a Europa com ele e, depois de me demitir do trabalho, achei que era a época perfeita. Embarcamos dia 16 de maio, ficamos 4 dias em Paris, pegamos o carro e seguimos para Carcassone, Barcelona, Provence, Liguria e, por fim, Toscana. Foram 26 dias de viagem e uma bagagem extra. Dez dias depois que chegamos descobri que estava grávida. Se eu tivesse planejado não seria tão perfeito.