sábado, 21 de março de 2009

Meus passarinhos

Era uma questão de princípios. Para a minha filha não queria um quarto cheio de babados e rococós. Até acho bonito, mas acho que os quartos de bebês devem ser coerentes com os pais do bebê. E, juro, se algum dia você me ver por aí de babado e rococó pode saber que não estou bem. (Não posso dizer bêbada porque há tempos não sei o que é álcool...) Sobre o papai, serve o mesmo.
Desde que me mudei queria achar uma parede para pintar de cinza. Mas minha casa não tem muitas paredes e daí - click -: pintarei uma parede do quarto da pituca! Pode não parecer, mas cinza claro combina super com quarto de crianças. E são neutros, diferentemente do rosa...
Comecei com a parede, daí encontrei na internet um adesivo de galho. O enxoval, depois de percorrer mais de 20 lojas, decidi fazer na Panacéia, na Vila Madalena. Eu falei a minha idéia, de passarinhos e casas de passarinho, e elas desenvolveram. As casinhas de passarinho a tia Fran fez, assim como o abajur. A poltrona, as cestas e o tapete vieram da Tok&Stok, os ganchinhos, da Corporação de Ofícios. A gaiolinha eu comprei já sentindo as contrações, na segunda-feira, dia 9, na Coisas de Doris.
E o papai fez todo o resto: a mesinha rococó (quem disse que não gosto de rococó) de apoio, o armário com trocador embutido, a cama, a mesa lateral com baú de brinquedos embutido, a mini-biblioteca e, o mais importante: o berço em forma de jaulinha, com engate e tudo, para bebê nenhum fugir!

terça-feira, 10 de março de 2009

segunda-feira, 9 de março de 2009

A crise da mãe

Aquela foto bacana da campanha de amamentação não é real. Pelo menos é essa análise que faço hoje. Amamentar é bonito, rende boas fotos, mas no começo dói - muito. Isso porque meu peito não rachou, só ficou esfolado. A Lorena abria a boca para abocanhar e eu já sentia aquele frio na barriga. Teve um dia que chorei, e nem acho que sou das pessoas mais frágeis. Como me disse a Sônia, minha vizinha, no começo dói, mas depois que o bico esquenta vai que é uma beleza.
Para amamentar é preciso paciência e muita, mas muita força de vontade. A dor do bico esfolado não foi o mais complicado. O mais difícil foi não ver a pituca ganhando peso. E, com um bebê recém-nascido, o sucesso e o fracasso do bebê está diretamente ligado com o sucesso ou o fracasso da mãe. Me senti sim fracassada, frustrada, cansada. Mas, olha que bom, passou!

terça-feira, 3 de março de 2009

A crise da balança

Todo mundo dizia: Quando passar os três primeiros meses vai ficar mais fácil. Mas eu, sinceramente, não estava achando a coisa mais difícil do mundo. Lorena mamava bem, dormia bem e quase não chorava, olha que bebê bacana! Mas tive de passar por um perrengue para concordar com a regra. Na primeira visita ao pediatra, o susto: ela não recuperou o peso que nasceu. Com 15 dias de vida, estava com o mesmo peso da alta da maternidade: 2,760 kg. E aí, como diria Maysa: Meu mundo caiu!

O primeiro pediatra pediu alguns exames e foi taxativo: você não tem leite, pode passar para a mamadeira. Fui para um segundo, não por discordar, mas por achar que o primeiro não estava muito interessado no meu caso, sequer perguntou como eu estava amamentando o bebê.
O segundo, sim. Foi mais uma terapia para a mãe do que uma consulta para a filha. Criamos uma nova rotina, amamentar de 2 em 2 horas das 7 às 11 da noite. Bem cansativo eu diria. Pesamos a Lorena de dois em dois dias. Tinha dias que ela ganhava peso, tinha dias que não. Frustrante.
Patinamos por duas ou três semanas até eu me render ao complemento. Dizer que foi bacana não foi, mas eu me acostumei e, ao ver o resultado na balança e nos bracinhos e perninhas dela, aceitei de bom grado.

domingo, 1 de março de 2009